A noz um pouco mais escura



Acordamos com a notícia da morte de Stephen Hawking. O físico que se tornou um ícone pop muito além das esferas do estudo científico, morreu em casa, aos 76 anos, 55 deles subjugado pela esclerose lateral amiotrófica (ELA). Se você não tem ideia do que seja a ELA, puxe pela memória e lembre de que, poucos anos atrás, o desafio do balde de gelo dominou as redes sociais. O desafio tinha por objetivo arrecadar fundos para a pesquisa sobre a esclerose lateral amiotrófica e graças a todas as pessoas que participaram, foi possível mapear um novo gene causador da doença.

Stephen Hawking na Gonville & Caius College, Cambridge, em 2015. Foto: Lwp Kommunikáció


Mas apesar da doença - que mata os neurônios de controle dos músculos voluntários - Hawking que tinha todos os motivos do mundo pra ficar sentado vendo a vida passar, se dedicou à pesquisa científica, teorizando e principalmente, questionando as próprias teorias, afinal "O maior inimigo do conhecimento não é a ignorância, é a ilusão do conhecimento."







Só recentemente, corrigi o pecado de não ter assistido  A Teoria de Tudo (2014). O livro baseado na obra biográfica Travelling to Infinity: My Life with Stephen, de Jane Hawking primeira esposa de do físico conta muito do relacionamento dos dois e de como esse relacionamento tornou toda a carreira de Stephen possível - e de como aniquilou Jane enquanto pessoa.



Talvez essa seja uma das grandes contribuições de A Teoria de Tudo; mostrar o quanto um gênio como  Hawking era também humano, passível de erros absolutamente egoístas e nem por isso, menos imprescindível ao mundo.

À esquerda Ed Redmayne e Felicity Jones recriam a foto do casamento de Stephen e Jane, no filme A Teoria de Tudo


Veja o filme, leia os livros, tanto os de Hawking quanto o de Jane. Estude. Questione. Expandir a mente é fazer com que o universo não fique restrito à sua casca de noz.

Links:

Tese de Doutorado Propriedades dos Universos em Expansão 

Site oficial de Stephen Hawking


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