Diversidade cabelereiros, diversidade!



Textão que eu postei no face, mas acho válido colocar por aqui também sobre a dificuldade de ver além do "feijão com arroz" nas redes sociais de cabelereiros.

Ah, amigos cabelereiros não se ofendam. É que a gente cansou de não ser ouvida, não ser público alvo, não ter o cabelo que a gente quer ao invés do cabelo que está na moda. Por isso eu e tantas, tantas outras estamos aderindo ao cuidado em casa, gastando sem dó em cremes, óleos, máscaras e etc.

Você não vai perder clientes se além dos longos louríssimos, também postar outros cortes cores e texturas de cabelo nas suas redes sociais. Pelo contrário, vai mostrar que consegue ir além e conquistar novos clientes.

Ontem em momentos distintos conversei com amigas sobre cabelos quando começamos a falar sobre o perfil de cabelereiros em redes sociais. E nós três atentamos para um fato: é sempre o mesmo corte, o mesmo comprimento, a mesma textura (ou absurdamente liso, ou liso com leves cachos artificiais em camadas nas pontas), ou muito negros, ou muito louros, platinados.
Mas quando você sai às ruas, vê cabelos curtos, curtíssimos, médios, bob, long bob, franjas variadas, crespos escandalosos, cacheadas do 2a ao 4b, cabelos negros, castanhos, acobreados, vermelhos, com cores fantasias (tem um rapaz no meu bairro que estava com um cinza prateado esses dias que eu quase perdia o ponto pra descer), partidos ao meio, penteados pra cima, trançados, undercut, com californianas tradicionais e fantasia, ombrés... E claro, muito cabelo detonado depois de químicas e mais químicas irresponsáveis, ralos ou amarrados em rabos apertados porque não dá pra soltar sem estar escovado e pranchado.
É chato, porque parece que os profissionais só sabem fazer sempre aquela mesma coisa. "ah, mas é o que as clientes mais pedem".
Será? Eu cansei de chegar em salões e pedir um corte para o meu cabelo e ninguém se atrever a fazer algo além de tirar as pontas. Só sabiam cortar cabelo liso ou pra usar escovado. Depois que achei um que não só soube cortar o meu cabelo, como também cortou para valorizar o cacheado, eu não corto com mais ninguém. E aprendi a eu mesma tirar as pontas. Desde que uma hidratação feita no salão (e salão tradicional, conhecido, viu) acabou com os cachos do meu cabelo e eu levei meses para recuperar em fevereiro de 2015, nunca mais fiz qualquer procedimento em salão, só cortar mesmo.
Fora o tal de sentar na cadeira e a pessoa ficar "ai, porque você não alisa?" "ai mas fica tão bonito, tão brilhante liso" "você devia fazer escova mais vezes". "Nossa, exótica essa cor do seu cabelo né?"
Fica a dica gente. Diversidade.
DI
VER
SI
DA
DE

PS: Outro mimimi que postei no face, pouco após o supracitado:



Ainda no setor cabelos, outra crítica/mimimi;
Existem pós descolorantes que já deixam o cabelo vermelho. Você descolore e ao invés de ter que pintar normalmente, só usa o seu creme de matização (Moulin Rouge, Amend Red, ou o que vc costuma usar).
Aí vc pergunta sobre esse produto nas lojas aqui em Uberaba, as vendedoras fingem que não escutaram e te mostram trocentos descolorantes tradicionais antes de admitirem que não tem o produto.
Depois a gente compra pela internet, e as lideranças classistas reclamam que o uberabense não prestigia o comércio local.
E antes que alguém diga que não vale a pena investir em comprar esse tipo de produto: pesquisa de mercado tá aí pra essas coisas
PS: se alguém souber de algum lugar aqui na cidade que venda, me avise, por favor.

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