Não somos assassinos

Hoje foi divulgado o resultado do julgamento dos acusados da morte da estudante Aline Silveira, em 2002. Segundo a polícia, a jovem teria sido assassinada durante uma partida de RPG. Na época, associou-se o role play game, com práticas satanistas e rituais de magia negra e o que se viu foi uma intensa cruzada contra o RPG, com direito até a se cogitar proibição do jogo no estado de Minas Gerais.
Fomos à época, tachados de satanistas, vistos com olhares preconceituosos, e tivemos que explicar milhares de vezes que o RPG nada tem de demoníaco, satanista ou coisa do gênero, é só um jogo de interpretação.
Uma outra linha de investigação, alegava que a jovem havia sido assassinada por um traficante de drogas, para quem devia dinheiro, durante prática sexual no cemitério onde o corpo da jovem foi encontrado.
Qual a verdade? Eu costumo dizer que existem três verdades no mundo, a sua, a minha e o que realmente aconteceu. Não sei o que houve, não estava lá, sei apenas que uma vida foi tirada, agora, quem o fez e como o fez, nunca saberei.
O que sei é que centenas, senão milhares de jogadores de rpg, como eu, foram tachados de criminosos e de praticantes de magia negra e de adoração do diabo, por conta de algo, que nem se sabe se realmente aconteceu.
Com a absolvição dos quatro acusados, fica a sensação de que acabamos sendo absolvidos também, absolvidos sem ter sequer, cometido qualquer crime que seja.
Deixo aqui a simples porém justa matéria exibida ontem (04/07/2009) no Jornal Hoje, explicando o que é o RPG



A Absolvição


Adicionar esta notícia no Linkk

Postar um comentário

0 Comentários