Tá tudo errado

Eu ainda não consigo definir o que aconteceu naquele julgamento. Então um policial atira num carro que está estacionando (desde quando bandido em fuga encosta o carro?) com um fuzil mata uma criança e a sociedade civil o considera inocente do crime de homicídio, mas é condenado por uns arranhões na mãe da criança? Ah, tenha a santa paciência, imbecilidade tem limite; ou ele é culpado ou não é, a decisão do júri foi ridícula e eu me recuso a me considerar reprensentada por esses indivíduos que não posso nem qualificar com os adjetivos que pensei agora.
E tem também a inversão de valores; não se pode chamar um gigolô de gigolô, não se pode chamar de mau carácter um homem que trai uma mulher que já deu inúmeras provas de amor, inclusive perdoando uma primeira traição. Agora, a família do falecido, quer processar uma mulher que teve coragem de qualificar o indivíduo com os adjetivos que ele merecia, alegando que ele usou drogas por se sentir humilhado pelo que ela disse. E por acaso, a mulher dele, que é famosa pelo seu talento, não por ser parasita de outrem, por acaso essa mulher não foi suficientemente humilhada e exposta quando da primeira traição e agora da segunda? A mulher pode arcar com o peso humilhante de ser apontada na rua e nas rodinhas de fofocas como corna, chifruda, besta por perdoar, mas ele, que traiu, que vivia às custas dele, ainda descolando regalias para outros parentes, que a traiu escandalosamente por duas vezes, e tirou proveito dessa situação pra ganhar dinheiro e se expor na mídiaesse não pode ser qualificado como a pessoa fraca e desprezível que era.
Definitivamente tá tudo errado, tudo, tudo, tudo.

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