John Wick Parabellum - Ah, que delícia de pancadaria, cara!



E ontem eu fiz uma das coisas que eu mais gosto que é ver filme de pancadaria franca e irrestrita e para a honra e glória dos deuses da sétima arte, John Wick veio nos salvar do mar de filmes de ação ruins dos últimos tempos.

Parabellum traz de volta seus elementos clássicos: a frieza azul de Nova York, doguinhos, e claro, referências ao cinema mudo de Buster Keaton e Harold Lloyd. E não é só no quase monossilábico personagem título - se bem que eu acho que este é o filme em que ele mais fala - até o uso da fisicalidade como recurso narrativo, em detrimento de edições pródigas em cortes frenéticos e efeitos especiais. Aqui as cenas buscam ser críveis mesmo nos momentos em que possam parecer mais absurdas e prestar atenção nos detalhes, tanto visuais, como sonoros é um prazer a mais.

E se ainda havia algum pudor em se usar a ação em coreografias elaboradíssimas aqui isso não existe mais; o diretor Chad Stahelski nos traz toda a exuberância do cinema de ação. Você não viu nem 15 minutos de filme e já teve cenas de luta de tirar o fôlego, algumas usando armas absolutamente inusitadas. Bom, inusitadas para a gente, já que o assassino aposentado é conhecido no submundo do crime por já ter matado inclusive com um simples lápis de escrever.

O filme se passa imediatamente após o final do segundo filme e segue num ritmo acelerado, levando nosso amigo Wick a fugir desenfreadamente, até porque, porra, quem não quer os 14 milhões de dólares que serão pagos para quem conseguir matar o Babaiaga?

Quer clichês? Orra, tem também. A vilã que a gente fica implorando para alguém dar uma cabeçada nela, as gangues de coreanos e outros asiáticos (perdoem a minha ignorância) com suas coreografias de luta deslumbrantes, em planos longos, as cenas de perseguição no trânsito, a ex colega de profissão... Mas tudo flui naturalmente, inclusive as risadas incontroláveis em momentos pontuais.

Com orçamentos melhorzinhos, melhores participações; aqui, além dos já esperado Ian McShane (Wiston) e Laurence Fishburne (Bowery King) temos Angelica Houston, Halle Berry, e o incrível Mark Dacascos - um ícone o cinema de ação dos anos noventa, do tempo em que a destreza do ator era mais importante que a do montador do filme.

Ah e temos também um pouco das séries Gotham e Game of Thrones, mas aí vocês assistam para encontrar.

Ah e temos cachorros, doguinhos e cenas de tirar o fôlego envolvendo os coleguinhas de quatro patas.

Para quem gosta de cinema de ação, John Wick 3 entrega muito mais que o esperado. Quem consegue ver além do gênero, também tem muito a saborear em Parabellum. Vai lá, assista e divirta-se. Vale o ingresso, a pipoca e o ar que você vai perder ao longo das duas horas e uns quebrados do filme.

O Mariano também falou sobre o filme em seu canal, confere lá no Console com Café ;^)




Agora é esperar pelo 4º filme, já confirmado para 2021.
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