Danvers, Prince e a liberdade de ser quem se é, apesar do mundo

Fanart da artista digital Datrinti 

Eu sei que é bem desnecessário e que já tem bastante gente fazendo isso de forma bem escrota, mas para falar de Carol Danvers, eu gostaria de falar de Diana Prince.

Pessoas são fruto do seu meio, é através dele que elas vão desenvolver suas potencialidades. Assim,  se por um lado, Diana cresceu num ambiente de igualdade,  sendo estimulada a ampliar suas habilidades e aptidões, a fim de se tornar uma grande guerreira, com senso de justiça, graça e bondade, Carol desde a infância precisou lidar não só com o machismo do pai, irmãos, colegas de escola ou de farda, mas,  também com o descrédito e o desprezo. "Você não consegue", "Você é fraca",  "não é boa o bastante", "Você é descontrolada".  E esse tipo de situação acaba levando uma menina a achar que precisa se masculinizar, que precisa ser capaz das mesmas coisas que aqueles que dizem que ela não é capaz.

Se Diana teve seu chamado para a aventura através de um homem, se através dele percebeu que há um jogo a se jogar para viver entre os homens (humanidade e não gênero), se foi pelo amor de um homem que ela se descobriu Deusa, foi só quando Carol entendeu que não precisava agradar ou provar nada ao seu comandante ou a qualquer um dos homens que a subestimaram ao longo da vida, que ela se tornou senhora absoluta de seus poderes.

Diana e Carol são mulheres fantásticas,  independente de seus superpoderes. Cada uma ao seu jeito e os caminhos que levaram uma e outra a isso, não faz uma maior ou melhor que a outra. Se Diana ainda tinha a inocência de quem não conheceu a maldade, Carol tem todo o peso de anos e anos lidando com essa maldade, se defendendo dela, tentando sobreviver a ela, sem abrir mão de quem é. Diana é feminina, leve, sensual; Carol é dura, focada, assexuada. E que bom que em suas diferenças elas são igualmente livres.

Pessoas são diferentes, riquezas são diferentes. Ainda bem.
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