Chico Xavier - o Filme

Bom pessoas, ontem finalmente foi a estréia de Chico Xavier...Tentarei não dar spoilers do filme, eu juro.

Minha aventura começou ainda em casa, quando tentando encontrar o site da empresa de transporte coletivo Piracicabana, não consegui nem achar o site com os horários de ônibus, muito menos ser atendida pelo 0800 da empresa...Quando finalmente consegui descobrir que o ônibus passaria às 17:00 horas, já eram 16:50...

Resultado: peguei um ônibus da empresa Líder (essa sim tem site bonitinho com os horários) às 17:40, fui até o centro da cidade, subi o calçadão da Artur Machado quase correndo e peguei outro ônibus, esse, da fail Piracicabana que iria até o Shopping Uberaba, onde cheguei às 18:28....


Como tudo que envolve Chico Xavier, a fila era imensa...Só que ali ninguém estava esperando pão ou  presente de natal e eu estava vendo muita gente q ia jogar o sacão de pipoca no lixo antes mesmo de conseguir entrar na sala de exibição.

Eram 18:55 quando as pessoas que assistiram a sessão das 16:30 começaram a sair...ou seja, um pequeno atraso que fez com que a fila chegasse a sair de dentro do shopping e voltar.










Não houve tempo sequer para limpar a sala de exibição, quem entrou deixou seu lixo fazendo companhia ao lixo das sessões anteriores (crianças, me digam uma coisa: em casa, vocês jogam as embalagens do que comeram, debaixo do sofá?).

Trailers, algumas pessoas com aquele indefectível espírito de pobre, ouvindo música no celular SEM FONES DE OUVIDO, finalmente começa o filme, um fundo negro onde a assinatura de Chico vai surgindo ao som de um furioso rabiscar de lápis

Uma fumacinha e logo em seguida pingos claros como água...


O filme inicia com as gravações do programa Pinga Fogo (Chico gravou duas edições do programa de perguntas e respostas, que bateram recordes de audiência e engoliram a programação da TV; numa das edições o programa avançou por quatro horas, ao vivo, deixando as outras atrações da grade para outro dia...). Entremeando as gravações e os comentários maldosos do assistente de edição as memórias de Chico começam a surgir, entre uma resposta e outra...Assim ele se lembra da infância, das conversas com a mãe morta, da difícil convivência com a madrinha, com a fama de doido desde pequeno...Mateus Costa comovente em suas atuações.

E palmas à Giovanna Antonelli, a madrasta boa, e à Giulia Gam, a madrinha má, estavam perfeitas! 








Agora, show mesmo quem deu foi Ângelo Antônio que interpretou o Chico em sua juventude até a maturidade; conseguiu dar o ar de adolecência e beleza ao jovem levado pelo pai até um bordel, que descobre o significado de tudo que lhe acontecia, ao conhecer o espiritismo, assim como conseguiu dar a credibilidade do adulto, que mantinha o centro espírita Luiz Gonzaga em Pedro Leopoldo.

André Dias, conseguiu dar ao espírito de Emannuel, a mesma impressão que se tem ao ler o livro de Marcel Souto Maior; um chato, evoluído, iluminado, mas chaaaaato!

O filme tem momentos em que se ri muito, se emociona muito também; não é um filme de apologia; as pessoas zombam do médium, mostra-se o grande pecado de Chico, que era sua vaidade; e obviamente, mostra-se a bondade e desapego de um homem que viveu para ajudar ao próximo.

O filme conta também o caso da carta psicografada por Chico Xavier e que serviu como prova da inocência do réu no caso, um amigo do jovem morto.

A cronologia dos fatos da vida de Chico foram um pouco "misturadas", mas isso são pequenos detalhes que só gente chata como eu consegue perceber.

Infelizmente as duas horas e uns quebradinhos de filme, não são suficientes para se aprofundar na história de Chico; enleva quem o conhece, atiça a curiosidade de quem não sabia de suas histórias.
Ah e tive meu momento "Robert", rsrs. Não só apareci no filme (na cena em que o Chico chega à Casa da Prece em Uberaba), mas ainda apareci numa foto da filmagem numa grande revista nacional dessa semana...Enquanto via a cena, eu estava mais preocupada em conferir se não atrapalhei a cena do que com qualquer outra coisa...

Quando saí do cinema, não sabia descrever se estava alegre ou triste...Tinha certeza da paz que me envolvia e de que todos os estresses entre sair de casa e sentar na cadeira do cinema, eram absolutamente insignificantes. Passei pela longa fila que esperava pela última sessão com o sincero desejo de que todos saíssem da sala com o coração cheio de bons desejos como eu estava.

Nos corredores do shopping vazio (só a praça de alimentação funcionava) uma música instrumental, estendia a sensação boa do filme até a saída... E dá-lhe uma hora no ponto de ônibus esperando pra voltar pra casa, mas acha que eu me importei?

Assistam, faz bem ao coração.

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4 Comentários

  1. adorei o filme muito bom mesmo...triste e alegre ao mesmo tempo,parabens a todos do filme...

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  2. Hum... acho q vc contou + do q devia, mas tah 'bão'! Vou esperar a poeira abaixar p ir ver o filme, e quero sentir tudo q tenho direito, chorar e rir até!

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  3. Bib,eu não contei nada...pode ter certeza que eu não contei nada, rsrsrs

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  4. mto legal a análise do filme!

    quero ver assim que puder :D

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